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Serafim: com mais de 460 mil mortes por Covid, não é racional pensar em Copa América no Brasil

Por Assessoria

01.jun.2021 13:06h
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Foto: Alberto César Araújo

Com mais de 460.000 mortes e 16 milhões de infecções causadas pelo novo coronavírus, o deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) afirmou na manhã desta terça-feira (1°), que não é racional realizar os jogos da Copa América no Brasil sem que sejam avaliadas as condições sanitárias.

“Eu sou contra a realização da Copa América nos moldes em que o Brasil está fazendo, onde um telefonema foi dado por um assessor da CBF ao Governo Brasileiro e rapidamente se decidiu uma coisa. Nós não podemos ter pressa sobre isso no momento em que vivemos uma pandemia, precisamos ter racionalidade e o Brasil não está tendo”, disse Serafim durante discurso na sessão plenária da  Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).

A Copa América seria disputada pela primeira vez em sua história em dois países, Argentina e Colômbia, entre 13 de junho e 10 de julho. A Colômbia foi retirada da organização na semana passada, e no domingo a Conmebol anunciou que a competição também não seria realizada na Argentina. A Argentina enfrenta uma segunda onda feroz de infecções e mortes por coronavírus, enquanto a Colômbia enfrenta protestos intensos desde o mês passado, sem expectativas de fim, em um impasse para o governo.

Com aval do presidente Jair Bolsonaro, a Conmebol decidiu transferir para o Brasil a realização do campeonato.

“Eu não sou contra a disputa da Copa América no Brasil, mas eu entendo que nós temos que avaliar as condições sanitárias de cada local. Existem outros estados que conseguiram superar quadros difíceis, mas talvez a presença de 300 pessoas vindas de outros países possa complicar em muito o estado daquela cidade. Portanto, nós não podemos aceitar calados que do dia para a noite se resolva aceitar fazer uma Copa América. Isso tem que ter racionalidade, tem que trabalhar com a Ciência, tem que examinar as condições que cada local tem”, avaliou Serafim.

O líder do PSB na Aleam disse ainda que espera que o governo brasileiro e o amazonense reflitam sobre a realização da Copa América no Brasil e não adotem “nenhuma decisão apressada”.

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