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Psicólogo fala sobre transtorno de ansiedade durante a pandemia de Covid-19

Por Diretoria de Comunicação

07.mai.2021 17:17h
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Foto: Dircom

Na tarde desta terça-feira (7), por meio de um evento virtual, a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), por meio da Escola do Legislativo Senador José Lindoso, convidou o psicólogo da Casa, Marcelo Pardo, para falar sobre o aumento dos sintomas psíquicos e transtornos mentais durante a pandemia de Covid-19. O evento faz parte do projeto “Educando pela cultura”, que visa debater temas atuais e disseminar conhecimento por toda a sociedade amazonense.

De acordo com o psicólogo clínico Marcelo Pardo, “o mal estar na sociedade sempre existiu. De um lado ele nos leva a transtornos mentais, mas de outro lado, esse mal estar nos leva a grandes transformações, pois nos faz gerar movimento. O que tenho que saber é em que momento esse mal estar se torna patológico”.

Para o psicólogo, a pandemia e suas consequências nas pessoas, que são desde o medo da morte até a reclusão domiciliar pelo isolamento social, podem, sim, ter servido como “gatilhos” para que algumas destas pessoas desenvolvessem uma crise de ansiedade.

“É claro que percebi, inclusive no meu consultório, um aumento de casos de profunda ansiedade, que não eram causados somente por algumas consequências da pandemia, mas também por questionamentos existenciais, em relação a um desconhecido futuro. A ansiedade também tem sido gerada por essa quebra de códigos de crença durante a pandemia”, compartilhou Marcelo.

O psicólogo chamou atenção para as diferenças entre os tipos de ansiedade, falou sobre algumas técnicas de relaxamento e o momento certo de procurar ajuda profissional. “Não podemos confundir os sentimentos de luto e tristeza, que fazem parte da vida e estão muito presentes na pandemia, com um transtorno de ansiedade. Entre técnicas que podem ajudar a combater a ansiedade, estão o exercício de respiração, práticas como Yoga, e leitura de livros de autoajuda. Técnicas como essa funcionam se você estiver em um estágio inicial de ansiedade, que é quando a psicopatologia ainda não está instalada. Se o seu nível de ansiedade já for considerado uma patologia, então você deve procurar um psicólogo clínico ou um médico psiquiatra”, explicou Marcelo.

Marcelo acredita que a pandemia, que desencadeou em grande parte da população o medo da morte, e que em outra parte causou diversas sequelas pela doença, e também sintomas psicológicos pelo isolamento e distanciamento social, também trouxe oportunidades de reflexão, questionamentos e autoconhecimento.

“A ciência diz que 95% das pessoas que forem infectadas pelo coronavírus vão ficar bem, mas não diz quem são os outros 5% que vão a óbito. Ouvi uma médica compartilhar que sabe quem entra na UTI, mas que não sabe quem vai sair. Esse medo de morrer associado a outros desafios de convivência, que a pandemia trouxe, tem gerado ansiedade nas pessoas, o que é normal. O que a pessoa que está sofrendo com a ansiedade como patologia tem que fazer é procurar ajuda profissional. Não é o psicólogo quem vai dar a receita da bula para o paciente; mas ele irá oferecer as técnicas necessárias para que o paciente encontre os mecanismos de sua existência”, concluiu Pardo.

 

Próximo webinário

O próximo evento virtual do projeto Educando pela Cultura será na próxima terça-feira (11) às 14h, pelas plataformas digitais da Aleam. O tema do encontro será sexualidade e gênero.

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