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Wilker Barreto luta por água potável às comunidades do interior do AM e cobra ações do Governo

Por Assessoria de Comunicação

24.mar.2023 7:55h
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Foto: Artur Gomes

“Nós estamos morrendo”. Foi assim, num breve relato, que o cacique Elias Prudêncio expôs, na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o drama da falta de água potável enfrentado por moradores da sua comunidade, em São Domingos, localizada no município de São Paulo de Olivença, distante 984 quilômetros de Manaus. Na Cessão de Tempo concedida pelo deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania) nesta quinta-feira, 23, o líder comunitário explanou o triste cenário da escassez do líquido vivenciado pela população ribeirinha e cobrou por mais acesso do recurso para o consumo dos moradores.

“Essa foto mostra o que está acontecendo lá na nossa aldeia, e no tempo da seca é assim mesmo. Nós temos o mesmo direito de todos para ter água potável, porque se nós estamos consumindo este tipo de água, nós estamos morrendo”, afirmou Elias, durante a Semana Mundial da Água, comemorado na última quarta-feira, 22 de agosto.

Na ocasião, Wilker Barreto exibiu imagens de crianças tomando água não tratada misturada com lama, colocando as suas vidas em risco. Diante da tribuna, o líder comunitário cobrou o direito do fornecimento de água para consumo de toda a população. Para o parlamentar, a realidade enfrentada pela comunidade São Domingos é a mesma de muitas outras localizadas na região do Alto Solimões e ressaltou que o problema da falta de água é questão de saúde pública, ou seja, é dever do Estado.

“Ontem foi o Dia Mundial da Água e os números do Amazonas estão na contramão do que seria o correto, de darmos o mínimo de condições de qualidade de vida para o nosso povo. Todas as comunidades do Alto Solimões, sem exceção, estão passando por este problema, eu estou fazendo um apelo ao Governo para que possa enfrentar uma questão de saúde pública, porque saneamento básico e água potável é saúde pública”, ponderou Barreto.

Emendas

Para diminuir o sofrimento das famílias que moram no interior, Wilker já destinou R$ 870 mil em emendas parlamentares para três municípios do Amazonas, no intuito de levar água potável para as comunidades ribeirinhas. Foram elas: R$ 500 mil para construção de poços artesianos e aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas em São Paulo de Olivença; R$ 300 mil para a instalação da rede de distribuição de água para as comunidades rurais de Itacoatiara e R$ 70 mil para a construção de dois poços artesianos para atender as necessidades dos moradores da Comunidade do Juí, em Santo Antônio do Içá.

Contrassenso

Wilker questionou as ações do Governo acerca da distribuição do recurso hídrico, como os programas Água Boa e Salta-Z, anunciados pelo governador Wilson Lima (União Brasil) em Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a Água, em Nova York, Estados Unidos e afirmou que as medidas são um contrassenso em meio às realidades das comunidades interioranas atualmente. O deputado enviou um ofício à Secretaria de Estado de Infraestrutura e Região Metropolitana de Manaus (Seinfra) cobrando informações sobre a execução dos programas do Executivo estadual.

“Olha o contrassenso, é isso que eu não concordo, vem o Wilson Lima falar na ONU e não consegue colocar poço artesiano nas comunidades. Se pegar R$ 50 milhões, ele resolve o problema da água em centenas de comunidades. Cadê os programas que o Wilson diz que tem? Existe um programa chamado Água Boa, no nome tá bonito, promessa de R$ 142 milhões, cadê? Estou pedindo informações da Seinfra para que informe como está a execução e qual é o planejamento”, ponderou o parlamentar.

 

Soluções

Buscando resolver a problemática, Wilker sugeriu que o Governo repasse recursos para as prefeituras dos municípios, para que elas executem medidas visando solucionar a falta de água. O parlamentar propôs, também, uma audiência com a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, para discutir soluções a respeito do tema.

 

“Se o Governo está com dificuldade de pernas, repassa os recursos para as prefeituras e que as mesmas possam executar, isso é uma questão que recai para os prefeitos também. Irei fazer esse indicativo, assim como também irei pedir uma audiência com a ministra dos Povos Indígenas, porque na próxima vazante e seca, o sofrimento volta”, finalizou Wilker.

 

Jornalista responsável: Nathália Silveira (92) 98157-3351

Texto: Dayson Valente

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