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No Dia Mundial de Conscientização da Doença Falciforme, celebrado em 19 de junho, a atenção se volta aos desafios enfrentados por pacientes que convivem com essa condição hereditária. A anemia falciforme, uma doença genética que afeta a forma e a função das hemácias, gera diversos obstáculos no cotidiano dos pacientes, especialmente no acesso aos serviços de saúde.
Sensibilizado por essa realidade, o deputado Cristiano D’Angelo (MDB) é autor da Lei nº 6.809/2024, que visa garantir atendimento prioritário para pessoas com anemia falciforme em todos os estabelecimentos de saúde do Amazonas.
“O objetivo é minimizar o sofrimento e proporcionar um atendimento mais ágil e eficaz, considerando as peculiaridades e as necessidades urgentes desses pacientes”, explicou o deputado D’Angelo.
Ele destacou a importância de conscientizar a sociedade e os gestores públicos sobre a gravidade da doença e as barreiras que os pacientes enfrentam diariamente.
A anemia falciforme é caracterizada pela deformação das hemácias, que assumem uma forma de foice, dificultando a passagem pelo sistema circulatório e causando episódios de dor intensa, conhecidos como crises falciformes. Essas crises podem levar a complicações graves, como infecções, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e danos a órgãos vitais.
A proposta do deputado prevê que os pacientes com a doença tenham prioridade em consultas, exames e internações, visando uma resposta rápida e adequada às suas necessidades de saúde.
“É um passo importante para garantir dignidade e qualidade de vida a essas pessoas”, afirmou D’Angelo.
No 19 de junho, a sociedade é convidada a refletir sobre a importância de políticas públicas inclusivas e sensíveis às necessidades das pessoas com doenças crônicas.
“A Lei representa um passo importante nessa direção, visando um atendimento mais justo e humanizado nos serviços de saúde do Estado”, finalizou Cristiano D’Angelo.
Anemia Falciforme
Conhecida como a doença hereditária mais comum no mundo, a anemia falciforme se caracteriza pela alteração dos glóbulos vermelhos, que passam de arredondados para o formato de foice – daí o nome falciforme. Essa deformação dificulta a circulação de oxigênio nos tecidos, comprometendo o funcionamento dos órgãos.
O baço, essencial para o sistema imunológico, é geralmente o primeiro a ser afetado, resultando em maior vulnerabilidade a infecções e outras complicações.
Segundo o Ministério da Saúde, a anemia falciforme atinge um em cada mil nascidos no Brasil.
Dados no Amazonas
No Estado, aproximadamente 300 pessoas vivem com a doença. O diagnóstico e acompanhamento são feitos pela Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (FHemoam), unidade referência para doenças do sangue.
O FHemoam possui um programa de acompanhamento multiprofissional para pacientes com anemia falciforme. Quando a doença é diagnosticada, o bebê passa a ser monitorado pela equipe, que avalia o caso e administra medicamentos para evitar crises. Durante as crises, especialistas seguem protocolos específicos para reverter o quadro.
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