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A preocupação com a preservação e consumo racional da água foi debatida na Sessão Plenária desta terça-feira (10), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). O deputado Angelus Figueira (DC), em seu pronunciamento, informou sobre a apresentação de indicativo para a criação do Instituto de Águas do Amazonas.
Lembrando que pelo um terço da água doce do mundo passa pelo Estado e que a água é um recurso natural essencial, e sem esse recurso a vida fica comprometida e ainda falando do descaso como a água é tratada, com poluição de igarapés e rios, o parlamentar disse que o poder público não tem gestão sobre esse recurso, daí a necessidade da criação do instituto para agir sobre o tema.
“Precisamos de governabilidade, precisamos de estrutura para os cientistas acompanharem a evolução dos recursos hídricos amazonenses”, declarou, ao pedir ajuda dos demais parlamentares na aprovação do indicativo ao Governo do Estado. Figueira falou da questão dos poços artesianos, ou ocupação irregular de flutuantes na orla da cidade de Manaus e demais municípios, o que precisa, segundo o deputado, ser acompanhado também por um órgão competente.
O deputado Wilker Barreto (Podemos) apoiou a proposta e pediu ainda para subscrever a proposta, afirmando que esse projeto é estratégico e fundamental para a política hídrica. “Apoio a proposta e espero que o Executivo entenda que, quando um parlamentar faz uma indicação como essa, isso é fruto do debate com a sociedade”, disse, declarando ainda que, no caso do indicativo não ser aprovado pelo governo, o Parlamento Estadual deverá buscar meios, dentro do orçamento de 2022, para que o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM) consiga acomodar profissionais para administrar as demandas sobre os recursos hídricos. “Me assustei, quando em Audiência Pública, tomei conhecimento de que o IPAAM tem apenas dois servidores para fiscalizar todo o Amazonas”, destacou.
Voto impresso
“A vantagem de você ser mais experiente é que viveu outros momentos graves da democracia brasileira”. Assim o deputado Serafim Corrêa (PSB) iniciou seu pronunciamento, ao repercutir o desfile militar, inédito, em frente ao Palácio do Planalto nesta terça-feira. O desfile, coincidentemente, aconteceu no mesmo dia em que a Câmara dos Deputados programou a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 135/2019, que propõe mudanças nas regras eleitorais, como o voto impresso.
Corrêa lembrou que no ano de 1984, a Câmara também iria votar proposta para a volta de eleições diretas, e o então presidente João Figueiredo, colocou os tanques para desfilar nas ruas da capital federal, e, naquele momento, intimidou os parlamentares. E hoje, destacou o deputado, no dia que o Senado irá votar o fim da Lei de Segurança Nacional, “último resquício do período ditatorial”; e a Câmara irá votar a proposta que visa atingir as urnas eletrônicas, “nós assistimos a reedição daquele abril de 1984”.
O parlamentar classificou o ato de hoje como uma tentativa de intimidação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aos atuais deputados e senadores. “Confio nos nossos parlamentares e que eles irão sepultar de vez essa tentativa de tumultuar nosso processo eleitoral”, afirmou.
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