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Com a prisão do titular da Secretaria-Executiva-Adjunta de Inteligência (Seai) da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), o delegado da Polícia Civil (PC-AM) Samir Freire, na manhã da última sexta-feira (9/7), sobe para quatro o número de secretários do Governo do Amazonas que já foram presos em diferentes operações da Polícia Federal, todos suspeitos de crimes de corrupção. Os três primeiros secretários presos foram da pasta de Saúde: Rodrigo Tobias, Simone Papaiz e Marcellus Campêlo.
“Esse é um governo que está apodrecendo internamente a olhos vistos e está todo carcomido. Só não vê quem não quer”, disse o deputado Dermilson Chagas (sem partido), lembrando que já realizou diversas denúncias sobre irregularidades cometidas pelo Governo do Amazonas, dentre elas a denúncia de compras de kits escolares superfaturados em plena pandemia, em contrato de R$ 19,8 milhões com a empresa Grafisa – Gráfica e Editora Ltda; gastos de publicidade de mais de 235,9 milhões de janeiro de 2019 a junho deste ano; e o uso de R$ 374,9 milhões em 2020 e 2021 para pagar o Hospital Delphina Aziz para manter apenas 433 leitos, enquanto o Adriano Jorge, João Lúcio, 28 de Agosto e Platão Araújo gastaram 20% menos e mantêm 1.027 leitos.
O parlamentar enfatizou que, além dessas denúncias, está acontecendo outro escândalo no Governo do Amazonas, que é o uso político de recursos no valor de R$ 300 milhões, que é de direito dos docentes da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que obtiveram decisão favorável na Justiça para receber reajuste de R$ 25%. “O Governo do Estado quer usar o pagamento desse reajuste em troca de voto para os diretores de unidades acadêmicas e do próximo reitor”, denunciou Dermilson Chagas. “Então, o que mais falta acontecer para a Aleam aprovar a CPI ou afastar o governador?”, questionou.
Base do Governo não quer assinar CPI da Asfixia
Na última quinta-feira (8/7), o deputado Dermilson Chagas retirou do Sistema de Apoio ao Processo Legislativo (SAPL) o requerimento para a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, que foi proposta por ele e pelos deputados Wilker Barreto (sem partido) e Delegado Péricles (PSL). O parlamentar explicou que retirou o seu requerimento porque a base do Governo do Amazonas alegou que a CPI da Pandemia não tinha um fato determinado e que a CPI poderia até questionada juridicamente se fosse aprovada pela Casa por ser ampla demais e por não definir o foco das investigações.
O deputado Fausto Júnior (MDB), que havia assinado a CPI da Pandemia, retirou a sua assinatura na última quarta-feira (7/7), justificando esse fato. Agora, os deputados oposicionistas estão na expectativa de que Fausto Júnior e os demais parlamentares da Casa assinem a CPI da Asfixia para que ela seja instaurada o mais breve possível.
“Como agora só existe um pedido de instauração de CPI, a base do Governo do Amazonas não tem mais desculpas para não assinar a CPI da Asfixia e completar as oito assinaturas. Já temos seis assinaturas”, disse o parlamentar, explicando que a CPI da Asfixia já tem a sua assinatura e a dos deputados Delegado Péricles, Serafim Corrêa (PSB), Sinésio Campos (PT), Wilker Barreto (sem partido) e Ricardo Nicolau (PSD).
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