Conforme Requerimento, assinado em conjunto no início deste mês de maio, os deputados Adjuto Afonso (PDT) e Sinésio Campos (PT), estiveram no último domingo (23) no município de Boca do Acre (distante 1.028 km de Manaus em linha reta), liderando uma comitiva formada, ainda, por técnicos da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra) e da Defesa Civil Estadual e Municipal, para avaliar o desgaste da orla, por conta da enchente e vazante do rio. Mais de 30 famílias estão em vulnerabilidade no local.
O deputado Adjuto Afonso explicou que o problema é antigo e que obras na orla já tinham sido iniciadas com recursos federais, porém, foram paralisadas sem explicação. O prefeito Zeca Cruz (PP) e a vice, Luciana Melo (PSC), e parte dos vereadores acompanharam toda a vistoria na área.
"Viemos verificar essa situação de erosão no município. O governador pediu que a equipe da Defesa Civil e também da Seinfra viessem. Precisamos identificar e avaliar como podemos ajudar. A orla era para ter sido continuada, mas parou, e precisamos saber se tem recurso, se a verba federal ainda existe, ou se pode ser aditivada, o certo é que nós da Assembléia, do Governo do Estado e da Câmara Municipal de Boca do Acre, estamos trabalhando juntos para ajudar essas famílias que sofreram com essa erosão", disse Adjuto Afonso.
Plano de contingência
O deputado Sinésio Campos explicou que se faz necessário um plano de contingência, reforçando que, tanto a cheia quanto a vazante do rio é um fator constante no Estado do Amazonas.
"É preciso se preparar mais do que nunca, agora, na vazante, precisa ter apoio às famílias que sofreram com a cheia e agora com a vazante, mas principalmente com a orla que não está pronta. Estou sugerindo à Seinfra e Defesa Civil que possam, juntamente com o Serviço Geológico, fazer uma análise do solo, tendo em vista que é a engenharia que deve atuar no nosso Estado calcada no relevo e no solo que possuímos aqui. Tem tecnologia para isso", reforçou o deputado Sinésio Campos.
O prefeito Zeca Cruz ressaltou que são vários pontos da orla de Boca do Acre que precisam urgente de atenção, tendo em vista que afetou as famílias e o comércio do local, causando sérios danos, inclusive, colocando em risco a vida de moradores.
"A gente vive uma situação de pânico nesse momento. Os moradores prestes a perder tudo, como tem gente que já perdeu. A Prefeitura está fazendo o que pode, mas nós precisamos de união, e iremos atrás também dos nossos senadores e deputados federais, porque aqui não tem bandeira política, tem um problema existente que precisamos resolver. O assunto é preocupante e afeta diretamente a vida das pessoas daqui", disse o prefeito Zeca.
Uma das moradoras da área, Irene Mascarenhas, 59 anos, foi uma das pessoas que perdeu tudo com a erosão. Ela contou que foram 12 anos de trabalho perdidos em minutos. "Veio a alagação, e assim que a água começou a baixar, veio a erosão e afetou umas 30 famílias. Eu, inclusive, fui uma da afetadas, perdemos a nossa casa, estamos com as coisas na igreja adventista, por enquanto, estamos num hotel, mas não temos para onde ir, foram 12 anos perdidos".
Vale ressaltar que o Governo do Estado ao tomar conhecimento da situação, providenciou de imediato a logística, por meio da Casa Militar, para a comitiva fazer o levantamento da situação. "Contamos, inclusive, com a companhia do Coronel Fabiano Bó, chefe da Casa Militar, que entende a gravidade da situação", destacou o deputado Adjuto.
Durante a semana, os órgãos deverão estar apresentando mais informações técnicas para que se possa fazer os devidos direcionamentos, enquanto que, os parlamentares farão levantamento do motivo da paralisação da obra e sobre a questão do recurso federal que estava direcionado.
Os vereadores Walfrido de Oliveira (MDB), Roderick Pires (PSC), Jonnathan Silva (PP), Edmilson Furtado (Cidadania), Taísa Onofre (PP), Genesia Vale (Pp) e Ana Queiroz (Avante), acompanharam a vistoria.
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